domingo, 7 de setembro de 2014

Alma solitária - Cruz e Sousa

 Ó Alma doce e triste e palpitante!
 que cítaras soluçam solitárias
 pelas Regiões longínquas, visionárias 
 do teu Sonho secreto e fascinante!

 Quantas zonas de luz purificante,
 quantos silêncios, quantas sombras várias
 de esferas imortais, imaginárias,
 falam contigo, ó Alma cativante!

 que chama acende os teus faróis noturnos
 e veste os teus mistérios taciturnos
 dos esplendores do arco de aliança?

 Por que és assim, melancolicamente,
 como um arcanjo infante, adolescente,
 esquecido nos vales da Esperança?!

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